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Eis o mundo civilizado

  • Carolina Nogueira Queder
  • 18 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de fev.

Muito se discute a quem cabe o título de maior advogado do Brasil. Creio que os grandes advogados estão sob holofotes e igualmente em pequenas comarcas espalhadas por nosso território. Esses grandes-pequenos trabalham com afinco, esmero e elegância - virtude inerente à profissão. Batalham causas dos pequeninos contra a soberba dos poderosos. Grandiosos são os advogados que atuam em prol da Justiça. 


No mês de agosto, época marcada pela criação dos primeiros cursos de Direito no país, celebra-se o “Mês da Advocacia”. Não se pode imaginar a globalização sem o trabalho do jurista - que mundo há sem a balança de contrapesos, sem aquele que se levanta e branda, no ilimitado poder das palavras, perante Tribunais e julgadores?


Deveras ressaltar os abalos morais sofridos por esta classe, que ainda permanece e deve assim fazê-lo. Pois seu papel é encontrar caminhos - por vezes, criar novos, pois são nossas teses, arduamente defendidas e consolidadas nas últimas instâncias, que alteram a interpretação das leis, provocam o Legislativo para a criação ou alteração de normas de utilidade ultrapassada. O papel do advogado é encontrar caminhos legítimos, certos, coerentes, de teor justo diante à lei.  


Passou-se o tempo nos quais julgadores trajavam vestes de reis e nobres, tempo obscuro, apto somente para a retalhação de classes e supressão de direitos. Fez-se, então, mais relevante a atuação do patrono da causa. Assim como se fazem fundamentos para a construção civil não ruir, fez-se o ordenamento jurídico para a sociedade não arruinar-se em seu próprio seio. Deveras, sem advogado não há civilização, não há pacto social válido. Representados por seus procuradores, os direitos individuais e coletivos impõe limites ao pulso incansável dos poderosos. E quem são esses poderosos? Aqueles que flexibilizam cláusulas contratuais e artigos de leis quando não há fiscal para tal, os poderosos se escondem dentro de cada indivíduo e deles podem sair a qualquer momento. 


Muito bem disse o Min. do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o mundo civilizado se mantém firme em decorrência da atuação frenética dos advogados contra a força brutal - e fatal.



Advogados são a alternativa que o mundo civilizado concebeu contra a força bruta. Em lugar de lutas físicas, disputa-se com o melhor argumento. Advogados são agentes do processo civilizatório.


Luís Roberto Barroso


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